quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Livramento

E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal. Mt 6.13


   Tentação é aquele impulso interior que nos instiga e seduz à prática do mal. Toda tentação é um mal que está em desconformidade com o bem divino. O bem nunca tenta, mas o mal tenta o bem para o mal. Logo, nenhuma tentação tem sua origem em Deus, porque Deus é o sumo bem. Todas as tentações, pois, tem sua origem no mal. E o diabo, usando as fraquezas de nossa carne e os prazeres do mundo, é o causador de todas as tentações, de todos os males espirituais. Toda superstição, desespero, indiferença e desprezo à palavra de Deus são consequências da ação maligna do diabo.
   É falso dizer que Deus tenta o homem. Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta, diz Tiago. É claro que Deus muitas vezes permite que o cristão seja atingido por uma cruz, mas com a única finalidade de provar e testar a fé, perseverança e a fidelidade daqueles que tomaram a decisão de segui-lo firma até o fim. Por isso, está muito certo quando Jesus nos ensina elevar os olhos aos céus e implorar: E não nos deixes cair em tentação.
   Muitos são os males que nos atingem em nossa existência terrena. O pecado e a morte são os dois maiores males. E estes dois males produzem muitos outros males espirituais e corporais. A dúvida, a angústia, a infidelidade, a negligência, o desespero, a calúnia, a blasfêmia, a perseguição e a enfermidade são alguns dos muitos males que nos atingem e visam a ruína total de nossa alma. Sabendo que muitos males nos atingem e sabendo que a vitória sobre o mal nos vem de Deus, devemos sempre rogar: Senhor, livra-nos do mal. E sabendo que nem morte, nem vida, nem coisa do presente, nem do porvir nos poderão separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor, devemos repetir a oração que Jesus nos ensinou, e então glorificar o nome de Deus, dizendo: Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.

     Senhor, dá-me fé para orar a tua oração: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal. Amém.
Fonte: HEIMANN, Leopoldo. Segue-me

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Finalidade da Escritura

Estes, porém, foram registrados pra que creias que Jesus é o Cristo. Jo 20.31

    A Escritura não é romance. Não é jornal. Não é cartilha. Não é uma enciclopédia de curiosidades. Não foi escrita para satisfazer indagações mesquinhas. Ela foi escrita com uma grande finalidade: Mostrar que Jesus é o Cristo profetizado, o Filho de Deus, e que todo aquele que o aceita como seu Salvador recebe a vida eterna.
    Nem tudo a Escritura nos diz sobre a vida e obra de Jesus. Pouco sabemos de sua infância, menos ainda da sua juventude. Alguns livros apócrifos procuram preencher esta "lacuna". Mas não passam de fábulas engenhosamente inventadas. Mesmo de seu ministério público nem tudo foi escrito. João, o discípulo amado, que foi testemunha ocular de sua majestade, que recebeu a ordem "o que vês, escreve em livro", não relatou tudo aquilo que viu e ouviu, porque se tudo fosse relatado "nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos".
    O apóstolo usou de franqueza: não lhe foi possível registrar todos os sinais, todos os milagres e todos os sermões que Jesus realizou e proferiu. João fez uma seleção dos milagres, e estes ele anotou. O apóstolo sabe que não seriam os muitos sinais que salvariam a humanidade, mas unicamente aquele que os realizou é poderoso para remir e resgatar os que estavam sob o jugo da lei. Por isso, em seu evangelho, registra alguns para provar e para nos convencer de que Jesus realmente é o Cristo prometido.
    Tendo apresentado Jesus como sendo o Messias, o Filho de Deus, o apóstolo dá mais um passo, dizendo que todo aquele que o aceitar como seu Salvador terá a vida eterna. A fé é exatamente aquela certeza, aquela convicção que nos diz que Cristo foi morto por causa de nossos pecados e ressuscitou por causa de nossa justificação. Crendo nesta sublime verdade, crendo que este fato histórico se realizou em nosso favor, temos a vida em seu nome.
    Esta é a finalidade da palavra de Deus: Mostrar que nascemos em pecados; que diariamente pecamos por pensamentos, palavras e atos; que Deus quer que todos os homens sejam salvos; que ninguém pode remir-se a si mesmo; que Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido; que o sangue de Jesus nos purifica de todos os nossos pecados; que se viermos a Jesus, ele jamais nos lançará fora.

Senhor, eu creio no teu evangelho, em tua pessoa, em tuas obras. Amém.
Fonte: Segue-me. Leopoldo Heimann