segunda-feira, 21 de abril de 2014

Vencer o mundo

No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Jo 16.33b

   Não, Cristo nunca nos prometeu o paraíso neste terra. O que prometeu foi o auxílio, amparo e consolo nas tribulações. Estamos no mundo mas, como cristãos, não pertencemos ao mundo. E o mundo, diz Jesus, jaz no maligno. E por isso, enquanto no "mundo passais aflições". Cristo nos advertiu contra os dias difíceis que desabarão sobre nós: Ouvireis falar de guerra e rumores de guerras... se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e terremotos... então sereis atribulados, e vos matarão, sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Parece que Jesus está biografando os dias do século XXI. Sim, no "mundo passais aflições".
   Dentro deste turbilhão de aflições, porém, vem a voz de Cristo: Mas tende bom ânimo! Cristo não nos deixou órfãos. Não nos desamparou. Cristo está conosco. É o nosso Mestre, Guia e Conselheiro. É Cristo quem nos dá confiança, coragem, esperança e salvação. É por isso que podemos dizer com o salmista: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam. Podemos cantar com o poeta: Por mais que ruja o temporal, por mais que nos aperte o mal, por mais que duras aflições apertem nossos corações. Em Cristo iremos esperar, o qual nos pode consolar e alívio, paz, a todos dar.
   E por que não precisamos temer as aflições deste mundo? Porque Jesus afirma: Eu venci o mundo! Verdade paradoxal essa. A história parece provar o contrário. A nossa razão se levanta e protesta. os poderosos, especialmente agora, lutam pelo poderio mundial. Contudo, ao dizer "eu venci o mundo", Cristo não pensa no mundo geograficamente dividido em continentes. "O meu reino não é deste mundo". Jesus fala do mundo espiritual. Jesus venceu o diabo, o pecado e a morte.
   Ainda que passemos por aflições, devemos ter bom ânimo e saber que Cristo venceu o mundo e um dia nos levará para o reino dos céus.
Segue-me (meditações diárias), Leopoldo Heimann

domingo, 13 de abril de 2014

Promessa e fé

Romanos 4. 13-25

Deus prometeu a Abraão e aos seus descendentes que o mundo ia pertencer a eles. Essa promessa foi feita não porque Abraão tinha obedecido à lei, mas porque ele havia crido em Deus e havia sido aceito por ele. Pois, se aqueles que obedecem à lei vão receber o que Deus prometeu, então a fé é inútil, e a promessa de Deus não tem valor. Pois a lei traz o castigo de Deus. Mas, onde não existe lei, também não existe desobediência à lei.
Portanto, a promessa de Deus depende da fé, a fim de que a promessa seja garantida como presente de Deus a todos os descendentes de Abraão. Ela não é somente para os que obedecem à lei, mas também para os que crêem em Deus como Abraão creu, pois ele é o pai espiritual de todos nós. Como dizem as Escrituras Sagradas: "Eu fiz de você o pai de muitas nações". Assim a promessa depende de Deus, em quem Abraão creu, o Deus que ressuscita os mortos e faz com que exista o que não existia. Abraão teve fé e esperança, mesmo quando não havia motivo para ter esperança, e por isso ele se tornou "o pai de muitas nações". Como dizem as escrituras: "Os seus descendentes serão muitos". Abraão tinha quase cem anos. Mas, mesmo quando ele pensou a respeito do seu corpo, que já estava como morto, ou quando lembrou que Sara não podia ter filhos, a sua fé não enfraqueceu. 
Abraão não perdeu a fé, nem duvidou da promessa de Deus. A sua fé o encheu de poder, e ele louvou a Deus porque tinha toda a certeza de que Deus podia fazer o que havia prometido. Por isso Abraão, por meio da fé, "foi aceito". As palavras "foi aceito" não falam somente dele.
Falam também de nós, que seremos aceitos, nós os que cremos em Deus, o qual ressuscitou Jesus, o nosso Senhor. Jesus foi entregue para morrer por causa dos nossos pecados e foi ressuscitado a fim de que nós fôssemos aceitos por Deus.